sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Aviso"

Olá pessoal! Por estes dias tenho estado bastante ocupado com os desenhos que vou expôr, pelo que não tive muito tempo para mais posts. De qualquer forma, venho só dizer que, durante a próxima semana não vou actualizar o blog nem responder a e-mails pois vou viajar - vida de estudante Erasmus é chata e dura! Eu sei! Às vezes até me sinto mal por estar aqui quase só a curtir! Bem, quatro cadeiras também não é assim tão pouco...bem, não interessa! Vou viajar e depois conto-vos por onde andei! Já agora, deixo-vos com vontade de ver por onde foi! Fiquem bem! voltamos-nos a falar no dia 1 ou 2 de Março! Beijos e abraços! João

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Estocolmo 15-17/02/2009

Hej ! Como vêem, este foi o outro motivo que me fez não actualizar o blog durante a semana que passou: a ida a Estocolmo. Então: encontrámo-nos (eu, o Richard, o Simão e o Inanc) no porto de Tallinn às 18h locais para a nossa viagem de 16h até Estocolmo. A viagem fez-se muito bem, não foi tão seca quanto poderá parecer! Há supermercado, perfumaria, cafés, casino, discoteca e palco no barco, isto para não falar dos sectores exteriores, de onde se pode sentir na pele o frio báltico. Tenho pena de não postar nenhuma foto do barco ou do nosso quarto no barco, mas levei a máquina sem cartão. Resultado: estão as fotos na máquina, na memória interna e não trouxe o cabo! Bem, também, isso não é o melhor. Tivemos espectáculos de dança e um banda de covers bastante boa, há que dizê-lo! Ainda experiementámos a discoteca, mas a música não era recomendável... De manhã, acordados pela simpática voz do navio (que fala, sim senhor!), deparámo-nos, "de repente" em Estocolmo, por isso digo que a viagem se fez muito bem. Despachei-me e fui ver o exterior: um enorme arquipélago de pequenas ilhas, cobertas de neve e algumas só com uma casa! Achei muito bonito, fiquei logo com boa impressão da cidade. Durante a viagem, também tivemos tempo de planear os sítio onde queríamos ir, então seguimos directos para o centro da cidade, o que se revelou uma inesperada surpresa, pois as ruas desta cidade assemelham-se mais a uma cidade espanhola do que a uma nórdica, pois as casas são pintadas de tons quentes, têm um aspecto antigo (o que não acontece muito por aqui, acredite, talvez excepto Tallinn, dos nórdicos) e as ruas são bastante estreitas e cheias de lojas. Como não dava tempo para irmos primeiro a nenhum museu, visto que queríamos ver a mudança das tropas (já conto), andámos pela cidade só a ver as ruas e os locais interessantes que por vezes apareciam inesperadamente. Chegada a hora (12h15), já nós esperávamos, com um grupo de turistas, a mudança da guarda, no castelo de Suas Altezas (lol) os reis da Suécia. Esta pequena cerimónia vem no meu guia e a minha professora de estoniano recomendou-nos que a visitássemos, pois trata-se de algo com enorme pompa-e-circunstância, mas onde os soldados se movimentam de uma forma aparentemente desajeitada. Só vendo. Além disso, segundo me pareceu, não é nenhuma troca, pois o pobre do soldado que está no centro da imagem com o chapéu branco, que já lá estava aparentemente há muito tempo, permaneceu no mesmo local, à semelhança dos seus colegas, à porta do castelo. Não percebi, mas, para além do frio, foi um bom momento. Após esta situação, dirigímo-nos ao Museu Nobel, pois pareceu-nos algo que agradaria a todos e ao mesmo tempo, é algo muito sueco...Até pode ser, mas escolhemos um péssimo dia para visitar Estocolme pois, à entrada do museu, pudemos perceber que este e todos os outros museus estariam fechados à Segunda-feira! Desilusão! Queríamos todos ver o Museu de Arte Moderna e o Skansen (um museu ao ar livre com reconstruções de casas tradicionais da Suécia, de todos os períodos e onde se pode ver o dia-a-dia das pessoas), mas estavam todos fechados! E tudo isto porque eu não posso viajar sozinho ao fim-de-semana pois ainda não tenho 21 anos. Dá para acreditar?! Fomo então almoçar calmamente num restaurante italiano, mas onde podémos experimentar um prato tradicional da Suécia: um bife com um molho de mostarda e batatas meio-fritas, meio-cozidas com especiarias. Não fotografei pois estava cheio de fome e quando me chegou às mão, só pensei em comer, pois não jantei no barco, só umas frutas e algo do género, mas fica a descrição. Outra coisa que no momento me fez sorrir foi que imaginei a situação quase como uma anedota: "estão dois portugueses, um alemão e um turco num restaurante italiano, em Estocolmo..." bem, no momento achei engraçado! O turco Inanc não consta na foto pois não almoçou connosco pois foi tirar fotos e comprar lembranças. Gostei muito mesmo de Estocolmo e vim de lá com um sentimento de pena por não ter podido ver os sítios mais emblemáticos da cidade. De qualquer forma, valeu a pena, ainda por cima porque foi uma viagem oferecida, logo não fiquei com a sensação de perda total!
Atrás de nós está o Stadhuset, Town Hall de Estocolmo.
Outra coisa que achei engraçado na cidade foi a predisposição que "aquela gente" tem para andar de bicicleta, mesmo com um frio de rachar, com estava! Achei engraçado que ninguém prende a bicicleta, simplesmente a encostam a algum sítio e deu-me a sensação que qualquer pessoa pega em qualquer bicicleta e anda, como se ninguém tivesse de facto uma bicicleta, pois havia algumas, estacionadas neste tipo de locais que pareciam estar ali há muito tempo, pois estava furadas, logo, nunguém pega nelas.
Ainda fomos passear á ilha do Skansen (Estocolmo é um aglomerado de ilhas ligadas por pontes, que formam a cidade), chamada Djurgärden, um ilha quase só com museus e onde pudémos ver os barcos atracados e o museu, de fora!
Apesar de não termos visitado nada, foi uma viagem muito engraçada e interessante e fiquei com vontade de voltar a Estocolmo, um dia. Recomemdo a cidade!
Nagemist!
Abreijos

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Pühajärve 14/02/2009

Olá a todos! Bem, há que dizer que nestes dias não tenho actualizado o blog, não por não haver novidades, mas por haver muitas coisas a acontecer! Muitas mesmo! Para começar, vou expor com uns colegas aqui em Tallinn, no posto dos correios. Um sítio estranho mas a professora não quer expor numa galeria, é esse o objectivo. O posto dos correios é um edifício muito grande com algumas lojas vazias o que faz com que utilizemos os seus espaços para expor. A questão é que fui apanhado de surpresa, pois fui convidado pela professora de desenho para expor com esses colegas e para a semana vou viajar outra vez, pelo que tenho de trabalhar no duro esta semana, pois a inauguração será para a outra semana. Bem, pelo menos tenho com que me entreter!lol Mas o que me levou a fazer este post não foi essa exposição. No Sábado passado, eu e a Anu metemo-nos numa excursão para o sul da Estónia com um grupo de amantes da Natureza, tipo fotógrafos amadores e observadores de pássaros e cenas do género. A questão é que é muito mais barato irmos com este grupo e temos quem nos mostre os sítios mais interessantes a ver em determinadas zonas. Eles vão todos os fins-de-semana a dois sítios diferentes. Nós fomos com eles e com uns amigos da Anu a Pühajärve, que significa "Lago Sagrado", pois foi abençoado pelo Dalai Lama em 1992. Pühajärve fica muito perto de Otepää.
Em caminho passámos pela casa deste senhor, que é um fotógrafo estónio, Aarne Ader, vencedor de vários prémios de fotografia de Natureza. Aqui estava a mostrar-nos uma máquina de observação de pássaros, ligada à net e, pelo que percebi, tinha um sensor de movimento que capta as imagens automaticamente. http://www.looduskalender.ee/en/
A vila de Otepää. Foi muito interessante mesmo, pois fora de Tallinn, todas as vilas e cidades são muito pequenas, o que nos dá uma imagem de um país muito rural, mas o que é facto é que, em termos de novas tecnologias, a Estónia está "muito á frente", por exemplo, aqui quase não se gasta papel com facturas da luz e coisas do género, pois toda a gente tem um e-mail e o governo tem uma base de dados com os contactos de todos os estonianos, tanto -mail como telemóvel. Também há wi-fi em todo o lado: cafés, museus, autocarros, jardins, etc.
O autocarro parou muito perto do Pühajärve War Oak, um carvalho com 698 cm de diametro, 22m de altura e com a idade estimada entre 300 e 400 anos. Idade estimada pois, como devem calcular, não se pode cortar o tronco para se contarem os anéis! É a àrvore nacional da Estónia. Muito bonita e cheia de mitos á sua volta, tanto situações históricas, como mais isotéricas, tipo, os estónios acreditam que se pousarmos as mãos sobre o tronco, recebemos a sua energia e também costumam colocar moedas entre o relevo do tronco para pedirem um desejo. Muito bonita mesmo!
Eu segui a tradição. Pior não fiquei! lol
Depois seguimos para o lago, onde fizémos uma caminhada de 8 km, que se fez muito bem. Aliás, nem me pareceu que fizéssemos tantos quilómetros!
Como dá para perceber pela imagem, o lgo está completamente gelado e, portanto, podem-se visitar as suas ilhas, sem o auxílio de barcos. O gelo tem um espessura de cerca de 20 cm.
Para além das nossas pegadas, ao longo de todo o percurso, tanto sobre o gelo como pelas ilhas, vimos pegadas dos mais diversos animais, tipo veados ou algo do género, raposas, pássaros e, pela primeira vez, vi marcas de castor nas àrvores! Pena não ter visto nenhum!
Subitamente, sozinha no meio do lago (o cão vinha connosco), encontramos esta senhora que pescava serenamente no lago. Só gostava que vissem a calma dela e a delicadeza com que pescava com um cana tão pequena, no buraco por ela escavado. Tinha alguns peixes perto dela que, apesar de parecerem mortos, de vez em quando, mexiam-se. A Anu também me traduziu que, por vezes, quando a pescaria corre mal e só apanha tipo dois ou três peixes, os volta a por na àgua e que os vê a mexer de novo, como que ressuscitados!
A Anu, o lago, e o grupo. Tudo o que é branco é lago e isto é só uma pequeníssima parte. Aida mais curioso é que este lago é considerado pequeno, pelo que gostava de conhecer também um dos grandes e que esteja congelado!
Os nossos amigos: Jaana e Can. Ali, lembrei-me muito de si e do Cassiano! Acho que iam adorar a Estónia rural, especialmente para fotografar Natureza. Venham cá visitar-me que eu levo-vos! Todos os outros estão obviamente convidados também!
Apesar de eu estar com cara de parvo, esta foi a única foto que tirámos todos juntos, portanto, tinha de a postar.
Na àrvore estão as marcas de um alce ou veado...
Depois da viagem de regresso (3h30min), cansados que estávamos, não nos apetecia cozinhar. E o que se faz nessa situação? Jantar fora! Fica o registo!
Não se cansem de visitar o blog pessoal! E comentem e mandem-me notícias para o mail!! Em breve já terei o próximo post!
Beijos e abraços para todos!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Tartu, 07/02/2009

Tere!
Desculpem-me se agora os post's não são tão regulares, mas ou nem sempre há algo novo a registar (também há dias normais aqui, como devem calcular) ou o tempo não chega para tudo. Bem, mas hoje há algum e aqui vai o que se passou no Sábado, dia em que fui a Tartu, uma cidade universitária no sul da Estónia, para ver o Museu do Brinquedo e o Museu Nacional da Estónia.
O Edifício principal da Universidade de Tartu
Fizemos uma viagem de duas horas e meia, que se passou muito bem e que gostei muito pois estava um nevoeiro muito denso e branco, que não permitia ver mais do que umas poucas dezenas de metros á nossa frente, pelo que a paisagem cambiou entre branco do céu e do chão com pequenas silhuetas de àrvores e postes de elctricidade, com muito pouco contraste ou só absolutamente tudo branco, o que dava a sensação de estarmos no meio de nada, literalmente...foi muito engraçado.
Chegados a Tartu, tivemos como guia uma rapariga estoniana que estuda em Tallinn, na mesma faculdade que eu (Kunsteakadeemia), noutro curso, mas é de Tartu.
Fomos primeiro ao Museu do Brinquedo. Foi muito engraçado pois tem brinquedos de todo o mundo, também obviamente estonianos (muito curiosos os que aqui eram "brincados" nos tempos de ocupação).
O objectivo ao irmos lá era, através dos brinquedos percebermos e vermos um pouco da cultura estoniana espelhada nesses brinquedos pois foi o professor de Oasis que nos levou lá e, se bem se lembram, esse é o assunto da disciplina.
Bem, depois de almoçarmos num óptimo sítio, onde comi peito de frango coberto de corn flakes (adorei), fomos para o Museu Nacional da Estónia, onde pudemos ver trajes tradicionais das diferentes regiões da Estónia, assim como tecnologias relacionadas com a tecelagem, a comida, a agricultura, entre outras coisas.
Achei muito curioso um calendário que lá estava com um provérbio ou conselhos de agricultura por cada dia do ano. Quero ver se investigo mais sobre isso e quem saiba faça um post sobre isso pois, apesar de também os termos, concerteza os estónios hão-de ser diferentes e, portanto, interessantes de observar. Logo vejo...
Não resisti a registar o que se passa no meu dia de anos
Depois do museu seguimos para a estação de caminhos-de-ferro pois já era noite (apesar de, pelo que conto parecer ter ainda passado pouco tempo, mas os museus eram grandes e também não quisemos regressar muito tarde. Acho que o comboio foi o momento mais surreal da visita. A estação ardeu há dois ou três anos e estão ainda a restaurá-la, pelo que só pudemos circular num túnel sinistro, muito sujo, pouco iluminado e, aparentemente mal-frequentado. Chegados à plataforma, deparámo-nos no meio da escuridão quase total, muito poucas pessoas para entrar para o comboio. De repente, sem aviso, as portas do comboio com a indicação "Tallinn" abre-se num estrondo e para dentro das carruagens, nada mais se vê do que escuridão. Foi demais! Silêncio absoluto no interior e uns bancos que pareciam feitos de madeira. Muito desconfortáveis. Aprendi então que para viajar na Estónia, vou optar pelos autocarros pois demoram menos tempo que os comboios, custam o mesmo e são mais confortáveis. Durante a viagem falámos com o professor que, no fundo é um de nós pois não é muito mais velho que nós e põe-nos completamente á-vontade. Quase o tratamos por tu.
Pormenor que achei interessante: devidoao nevoeiro, a sombra da torre da igreja estava projectada no céu...
Em relação a estes dias que se têm passado sem novidades, tenho a dizer que foram dias de alguma confusão pois, se à-partida a liberdade total (em relação à faculdade) parece uma coisa bestial, no final, pelo menos eu, senti-me um pouco à deriva, não que não tivesse ideias e quero pô-las em prática, mas o facto de não haver ninguém no edifício faz com que nunca tenha a quem perguntar se posso usar alguma coisa específica, faz com que não saiba se posso mudar a disposição das mesas ou de outra coisa qualquer, pois tudo parece ter um dono mas não há a quem perguntar, pelo que me sinto quase como se entrasse em casa de alguém e tenho de começar a utilizar as coisas dessa pessoa. Resultado: ainda não comecei seriamente com a escultura pois não tinha meios. Comecei então hoje a desenhar, em casa. Fui pedir um cavalete á faculdade, pois não tenho mesa que dê para desenhar.lol
Outra coisa que me entristece um pouco é que, o facto de não haver ninguém no edifício, nem aulas, faz com que não tenha colegas de turma, com quem me dê regularmente. Ás vezes sinto um pouco essa falta. É que não estão a ver: não há ninguém no edifício! Ás vezes ouço passos e portas a fechar, mas são os residentes e depois, quando vou ver de onde vinha o som, não está ninguém, pois são imensas portase nunca hei-de saber onde está a pessoa.
Isto está, de facto a ser muito diferente. A ser um pouco parado demais. Pelo menos, quando havia curso de estoniano, sempre fazíamos aquelas coisas juntos e saíamos... Só o que me alegra um pouco mais por estar aqui é saber que vou viajar e aproveitar este tempo para isso pois, noutra situação, não seria tão possível. No próximo Domingo parto para Estocolmo. Vou reencontrar alguns colegas do curso de estoniano, que vêem a Tallinn para ir também na mesma viagem.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Escultores, Oasis, Tartu 3/2/2009

Bem, ontem fui ao departamento de escultura, afim de começar a organizar o que vou fazer aqui. Conheci então um dos artistas residentes naquela grande casa, que, de facto não é uma faculdade, mas antes uma casa com ateliers de artistas. Conheci este casal, que foram muito porreiros. Tivemos a falar das cenas que eles já fizeram, como fazem, tive conhecer os ateliers e até houve tempo para um cafezinho. Há que notar que esta hospitalidade não é muito vulgar por estes lados. Como disse, não que sejam mal-educados, mas têm o seu jeito. Não dá para explicar. Enfim, fui convidado para o atelier de Verão que eles têm no interior da Estónia. Algures perdida numa terriola. Pareceu-me bue porreiro. A mim, fez-me lembrar um pouco o que experimentei na Polónia, no sentido em que são pessoas já com a sua idade, que vivem disto e que trabalham em zonas algo remotas. Parece-me mesmo porreiro pois ando mesmo curioso por conhecer o interior, as terrinhas, as pessoas da Estónia. Bem, para vocês pode parecer algo comum ou não assinalável, mas o facto de a senhora me ter dado uma pequeníssima escultura em gesso, fez-me perceber como eles devem ser especiais, muito amistosos e simpáticos. Têm de vir cá para perceber o espanto deste gesto. Bem, andei depois sem destino pela faculdade, só a vasculhar o que se pode ou não fazer. Acho que gostava de fazer uma peça para passar a bronze, visto que é algo que nunca fiz. Bem, depois conto! Ao fim da tarde tive a minha aula Oasis. Tivemos a ver um filme que, por acaso já tinha visto nas aulas de estoniano e depois tivemos a falar e a apresentar o nosso "trabalho de casa" que era uma espécie de cartão de visita sobre nós e com o nosso nome. Eu fiquei-me pela folha branca que tinha usado na embaixada para escrever o meu nome naqueles painéis que depois passam o que escrevemos para o computador. Tipo touchpad. Não sei como se chamam e não me apetece ir procurar. Bem, o que aconteceu foi que, devido à falta de experiência a fazer passaportes do pessoal da embaixada em Tallinn (vou ser o passaporte número 1!), tive de repetir o meu nome imensas vezes o que deixou sobre o papel o meu nome tipo gravado e não escrito pois a caneta não escrevia. Achei que isso era identificativo do que faço, tendo em conta que ando bastante interessado no branco (e aqui há muito!) e em coisas aparentemente vazias mas que têm algo a ser observado, como os meus últimos trabalhos que apresentei na faculdade. Bem. Houve quem escrevesse o nome com ketchup, bolachas, em máscaras tribais feitas de cartão, e, o professor cometeu um crime, pois escreveu sobre um dólar americano e é proibido adulterar de qualquer forma, notas. Enfim, foi interessante. Ah! No Sábado vou com a turma a Tartu, a cidade universitária. Vamos visitar uns museus que há lá sobre a vida e cultura estonianas, pois é sobre isso que a falamos na aula. Foi porreiro pois eu queria muito sair de Tallinn no fim-de-semana e ia comprar o bilhete de autocarro bastante cedo. Sorte não o ter feito! Hasta mañana! Eva, Karen e Marajaka
O professor

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Coisas 2/2/2009

Acabaram-se as aulas de estoniano. O pessoal foi quase todo para Tartu (a cidade universitária da Estónia). Isto está mais calmo. No sábado houve jantar cá em casa, com uns amigos da Anu, no fim, fomos passear à beira mar, com -15ºC! A zona de rebentação estava congelada (foi a primeira vez que vi o mar gelado) e na areia não ficam as nossas pegadas, pois também está congelada. Foi fixe! Hoje fui tratar do meu passaporte. Engraçado o facto de eu ter sido o primeiro a requerir o passaporte nesta embaixada. Tão a ver quatos portugueses há por aqui?! Vão haver surpresas para breve! Ainda não vos tinha dito, mas a minha professora de estoniano ofereceu-nos (à turma) uma viagem a Estocolmo. Grátis! É que ela faz parte de um clube qualquer que todos os anos lhe oferece esta viagem, para quatro pessoas e como está farta de ir (?!) ofereceu-nos: saímos de Tallinn no Domingo, dia 15 à noite por minha causa - é que, por não ter ainda 21 anos ou mais, não posso ir sem acompanhante no barco ao fim-de-semana, mas durante a semana já posso - não faz sentido, mas vá-se lá saber! lol, bem, saímos no Domingo, temos camarata e festa no barco. Chegamos a Estocolmo, temos oito horas para fazermos o que nos apetecer e voltamos na mesma noite. Chegamos a Tallinn às 10 da manhã de Terça-feira. É uma maluquice, no sentido em que não dá para fazer grande coisa, mas, como é óbvio, não vou desperdiçar esta oportunidade. Também já tratei de outros assuntos com a faculdade e ainda não vos contei, aliás, estes dias têm sido muito à base de tratar de coisas, por isso, pela primeira vez, não tenho fotos de algo novo. Bem, ia a dizer que já fui à minha faculdade. Aluguei este apartamento aqui por ser a três minutos a pé da faculdade, agora sei que o departamento é na outra ponta da cidade. Ainda demoro mais de 30 minutos a chegar lá! Fiquei um pouco chateado por não nos terem avisado de tal facto, mas nem tudo é mau: na verdade, eu não tenho aulas, tipo das 9h às 5h! Não. Há dias específicos em que os professores de determinadas tecnologias vão à faculdade e podemos tirar as dúvidas que tivermos. Para mim é ainda mais livre pois só estou a fazer práticas. Então, tenho o tempo todo só para trabalhar. Vou começar amanhã o trabalho físico. Já tenho pensado mas amanhã vou começar a recolher as coisas. Além disso, o departamento de escultura é um grande edifício com oficinas sala-sim-sala-sim, não é tipo escla. E é tão livre que a primeira coisa que a coordenadora me deu foi a chave para entrar quando quisesse. Posso ficar lá a trabalhar a noite toda ou dormir lá ou que se quiser. Não há cantina nem bar. Só uma pequena sala que terá esta semana um micro-ondas e uma máquina de café. É um espírito bué diferente. Também fiquei a saber que aquelas aulas maradas afinal eram workshops que já foram dados no mês de Janeiro. Enfim, em relação às aulas está a ser bastante diferente do que esperava, but who cares?! Até é bom pois dá para gerir o tempo como bem me apetecer e viajar bastante! Não é brutal?! Pessoal, não deixem de fazer Erasmus! É brutal! E façam-no como bem vos apetecer! Não se guiem por maneiras predefinidas de agir nestas situações. Para mim, está a ser um tempo de liberdade. Se me apetecer fazer, faço. Bem, por hoje, apeteceu-me por-vos a par de outras coisas. Fiquem bem! Beijos e abraços para TODOS!!! Ma teie armastate!